O piloto que já atingiu 209 km/h equilibrando-se na roda traseira da máquina e, muitas vezes arrancou na porta do Autódromo Internacional de Goiânia em uma roda e voltou a tocar a roda dianteira no chão após o viaduto da BR-153, não abre mão da segurança. Na opinião de Doideira, conscientização, responsabilidade no trânsito, um curso de pilotagem defensiva e andar sempre equipado são comportamentos que garantem vida longa ao motociclista. “Não existe moto perigosa, perigoso é o condutor. O condutor de motocicleta deveria passar por um processo mais rigoroso de aprendizagem para conseguir uma CNH”, defende.
Quanto à mistura álcool e guidon, Doideira é taxativo. “Bebida alcoólica não combina nem para andar sobre duas pernas, imagina em cima de duas rodas. Infelizmente muitos não têm essa consciência. É melhor deixar a motocicleta no local da bebedeira e acordar no outro dia com a incumbência de buscá-la do que amanhecer com os ossos quebrados em um hospital”. O Doideira encaretou? “Não. O Doideira está ficando mais responsável, aprendendo a pisar no chão com mais firmeza, pensando no amanhã com mais lucidez”, responde rápido.
Perdas e ganhos
Apesar de lamentar profundamente a perda de amigos motociclistas como o piloto Caveirinha e o artista Bráulio, que transformava tanques de motocicletas em verdadeiras obras de arte, Marcos não esconde a sua paixão por motocicletas. “Tudo que tenho hoje foi conquistado em cima de uma motocicleta. Quando vou para praia de férias e fico sem pilotar alguns dias sonho que estou andando de moto. Agradeço a Deus por não ter tirado minha vida antes de assistir tudo de bom que está acontecendo em termos profissionais”, assinala emocionado. ¨Vou andar de moto até ficar velhinho”, garante, com um brilho insano no olhar.

Nenhum comentário:
Postar um comentário